POR Stephanie Carvalho
O papel das empresárias como influenciadoras no mundo dos negócios
Hoje, vamos mergulhar na jornada crescente de empresárias que estão construindo marcas pessoais fortes e se tornando influenciadoras das suas próprias empresas, bem como o poder que isso pode ter em seu negócio. Vamos explorar o que significa ser um influenciador da sua própria marca e como isso pode beneficiar a sua empresa.
Na era do comércio eletrônico e das redes sociais, estabelecer uma conexão genuína com os clientes é mais importante do que nunca. No entanto, em meio a todas as inovações tecnológicas, há algo que permanece insubstituível: o contato humano. Nesse sentido, nós nos assumimos como influenciadoras da própria marca e desempenhamos um papel fundamental na criação de um ambiente acolhedor e engajado. Exploraremos estratégias inteligentes usadas para envolver e cativar os clientes, estabelecendo uma conexão duradoura com a marca.
É uma grande tendência de mercado proprietárias de diversos segmentos humanizando suas empresas e sendo o rosto dos seus próprios produtos. A tendência é tão forte que podemos observar grandes influenciadoras deixando de anunciar para outras empresas e criando suas próprias marcas. Mostrar esse lado humano e dos bastidores cria no telespectador um senso de comunidade e pertencimento. É fazer parte de uma tribo em que tudo se conecta com esse universo. As redes sociais são o cenário propício para essa construção.
Ninguém melhor do que a própria dona do seu negócio para falar sobre ele; e, quando você compartilha a sua essência por meio do seu produto, a venda é uma consequência. Desenvolvendo uma identidade autêntica, eu, como empresária, não vejo o universo on-line de outra forma. Algumas estratégias que utilizo muito é estar próxima pelas redes sociais e, exatamente por isso, nesta edição vou abordar algumas dicas práticas de como você pode começar a fazer o mesmo, causando mais identificação e criando essa base sólida.
A conexão cria vida pelas redes sociais, hoje parte fundamental para todo e qualquer negócio. E o mais interessante é que as pessoas se esquecem do real sentido da ferramenta. As redes sociais foram criadas para compartilhar momentos, histórias, gerar conexão entre pessoas; a venda acontece como consequência. Desde a sua concepção, as redes sociais não têm o papel de “vendedoras”. Isso é papel para o e-commerce. Ali é ambiente de descontração. Claro que muitas coisas mudaram, e já estamos acostumados em comprar pelo Instagram, mas o intuito sempre foi a conexão entre pessoas.
Acredito muito que, devido a isso, marcas que se posicionam com humanização crescem tanto. Falando sobre algumas ferramentas, a mais utilizada com esse intuito é o Instagram. Nessa plataforma conseguimos formatos de diferentes pontos de conexão. Uma delas são os stories, em que vejo a possibilidade de explorar um pouco da vida real, dos bastidores da empresa, trazendo um olhar mais leve para o produto. Deve-se aproveitar esse espaço para mostrar detalhes de uma forma descomplicada e interativa, bem como mostrar mais sobre o dia a dia dos bastidores que envolvem a marca.
Abrir caixinha de perguntas é algo que utilizo sempre e, em dias pré-definidos, todo sábado, crio uma interação e previsibilidade sobre esses momentos. Criar esses rituais é uma estratégia muito bem-vinda. Além dos stories, outro formato que ganha muita força são os Reels, assim como o Tik tok, em que vídeos rápidos também vão estreitando esses laços de influência.
Agora mencionarei o formato o qual mais acredito nessa influência: a live commerce, tendência em todo o mundo. “Só no mercado chinês, o formato de live commerce movimentou US$ 131 bilhões em 2021 e já representa 37% do total de vendas por meio de social commerce (dados da consultoria eMarketer).”
Esse formato está cada vez mais longo, com mais interações e é uma ótima ferramenta para gerar uma conexão profunda com o público. As pessoas amam a forma de interação que conseguimos atingir nessa iniciativa, na qual podemos conversar mais e ter uma troca genuína – sem contar que você consegue mostrar seus produtos de uma forma muito interativa com o consumidor. Na minha visão é o formato mais forte de se criar essa influência, de maneira leve, descontraída, cumprindo bem o papel das redes sociais.
Em nosso caso, sempre temos picos expressivos de vendas e já virou uma tradição em todos os nossos lançamentos. Os clientes se sentem mais inclinados a fazer negócios com uma empresária cujos propósitos estão alinhados com os seus. Porém, vale ressaltar que é necessário estabelecer uma linha tênue entre o pessoal e o profissional, mantendo uma imagem coerente e alinhada com os valores da empresa. Além disso, é fundamental manter a consistência nas postagens, interagir com os seguidores e estar aberta ao diálogo.
Em suma, ganhamos autonomia e poder de influência. Nós nos tornamos a principal porta-voz do negócio, capazes de transmitir a mensagem desejada de forma autêntica e direta. Ser a influenciadora da própria marca permite que se construa uma narrativa consistente e coerente, atraindo um público engajado e fiel.