26 de julho de 2024

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Casa do Baile recebe performances artísticas em evento gratuito nesta sexta (27)

Festival Durante
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Redação

 Foto: Efe Godoy

 

Ícone da arquitetura modernista é cenário do encerramento da 13a edição Festival Durante, no dia 27/10 (sexta-feira), evento é seguido de mesa de debate na UFMG

 

 

Parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, a Casa do Baile é o cenário perfeito para o encerramento da 13ª edição do Festival Durante,. Na sexta-feira, 27/10, o projeto, que tem a performance como ponto central, mais uma vez irá promover a aproximação da arte com o público geral, por meio de três apresentações, seguida de bate-papo com artistas e curadores.

 

Diez e Cristiano Belarmino, Maria Ambuá e Izabella Coelho e Moisés da Silva Melo se apresentam a partir das 14h. Às 16h30 acontece um bate-papo com os artistas.

 

Programação:

13h – Abertura da casa

14h – Performances de Diez e Cristiano Belarmino, Maria Ambuá e Izabella Coelho e Moisés da Silva Melo

16:30h – Conversa com Artistas, Público e Convidados

 

Em seguida, todo o público está convidado para seguir para o auditório da Escola de Belas Artes UFMG, em que acontecem mesas de debates das 19h às 22h30 com a artiste Efe Godoy, a professora da UFMG Rita Lages e o coordenador do Durante, Cesco Napoli.

 

Toda a programação é gratuita e não é preciso retirada de ingressos.

 

 

As apresentações

  • Digestão – Maria Ambuá e Izabella Coelho

A performance Digestão convoca o público a uma ação coletiva (aberta e colaborativa) de debulhar, costurar, cozinhar e comer milhos crioulos, nativos brasileiros, junto às artistas.

“Evocando o trabalho de Lotus Lobo, e o milho que não vingou no solo maculado pela ditadura, abriremos a possibilidade de novas formas de reencenar narrativas político-sociais-afetivas daquele/ deste tempo, entendendo o milho como elemento central na história dos povos latino-americanos, bem como campo de disputa no cenário global – o milho, agora transgênico, ocupa no Brasil a galopante área de 77 milhões de hectares. As violências impetradas pela política colonial dominante atuam em nossos corpos, constituindo uma violência fisiológica que atenta contra a biodiversidade e o direito (amplo) à vida. Talvez não estejamos falando de uma digestão pacífica “, adiantam as artistas.

 

  • Percusinos – o corpo toca os sinos, Moisés da Silva Melo

Essa performance tem como objetivo resgatar memórias do público presente, propondo uma sonoridade que hoje quase não se escuta: o som das igrejas.

“Na intervenção, busco uma interação com o público, pego um dos sinos menores e vou tocando entre as pessoas e algumas vezes assim que tocar o sino, vou encostar no chão para parar o som do sino, se transformando em um corpo sem som e que foi o nosso corpo que fez essa ligação, do sino (corpo sonoro) à terra que calou seu som, mas o nosso corpo humano ainda continua tocando” explica Moisés.

 

  • Experimentações de ócio – Tempo óbvio, Diez e Cristiano Belarmino

Experimentações de tempo, palavras, histórias, sonhos e passos percorridos. A ação convida o público a percorrer alguma linha, que seja torta, dentro do tempo-espaço. “Convidamos a sair do lugar comum. Que seja deitado ouvindo coisas absurdamente verdadeiras ou esperando que passe ao seu lado. O trabalho se dá em percorrer um mapa afetivo de histórias coletadas onde se faz aquilo que é o mais comum em estar em outra cidade: visitá-la. Onde devaneios, histórias, informações e programas experimentos em performance serão revelados, estão sendo espionados” contam os artistas.

 

 

Serviço

Festival Durante,

Local: Casa do Baile – Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha

Horário: 14h às 18h

Entrada gratuita. Local sujeito à lotação

https://www.instagram.com/festivaldurante

https://festivaldurante.com.br/

 

SOBRE O DURANTE,

O “Durante,” é um festival de performance que teve sua primeira edição em 2016. Ele foi criado em Belo Horizonte, por um coletivo de artistas, com o intuito de aproximar a arte contemporânea do público geral. Um espaço de tempo é demarcado e nele várias performances são apresentadas simultaneamente, para, em um segundo momento, acontecer um bate-papo entre os artistas, estudantes e público. Foram realizadas onze edições, todas com entrada gratuita e abertas ao público, com a participação de mais de 50 artistas.

 

“O festival sempre buscou discutir questões atualizadas da arte de forma inclusiva e participativa, fomentando ações educacionais e atividades artísticas propositivas que transcendem os espaços padronizados, habituais e oficiais das artes, descentralizando o acesso à arte e ao conhecimento produzido por ela” explica Cesco Napoli, um dos idealizadores.

 

Assim, uma vez que o universo das artes normalmente fica restrito aos muros da academia, a possibilidade de expandir, descentralizar e dar acesso ampliado aos processos de criação e conceituação gera uma ação inclusiva – perceptiva e crítica – sobre a capacidade da arte atual atingir o público em geral.

 

Sua 13ª edição acontece em três etapas, durante o segundo semestre de 2023, em agosto na Virada Cultural, em setembro na Gruta e em outubro na Casa do Baile.

 

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

 

 

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