Na última quinta-feira (16), durante o evento “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil”, cientistas alertaram para um cenário preocupante: o El Niño, em seu ápice de atividade em dezembro, promete intensificar os extremos climáticos no Brasil. A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) ressalta que 2023 se configura como o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. Nos próximos 30 dias, a expectativa é de ondas de calor no Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste, além de seca no Norte e fortes tempestades no Sul.
Vale ressaltar que o El Niño, um fenômeno irregular que ocorre a cada 3 ou 4 anos, altera a distribuição de temperatura nas águas superficiais do Pacífico, influenciando o clima global. E a tendência é que o fenômeno se agrave cada vez mais. “Para a América do Sul isso significa fenômenos climáticos extremos ainda mais frequentes e imprevisíveis”, afirma a oceanógrafa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues.