Foto: divulgação/Melina Oliveira
Tratamento contra alopecia androgenética alcança nível de excelência, deixando para trás estigmas sociais até positivos em torno da calvície
Por muito tempo ao longo da história, sofrer de alopecia androgenética – doença capilar bem mais conhecida pelo nome de calvície – já foi sinônimo de sabedoria e até mesmo de divindade. Mas as transformações culturais e o próprio desenvolvimento da ciência mostraram que este é um problema que afeta não apenas os fios de cabelo, mas principalmente a autoestima dos indivíduos.
E o número de pessoas com calvície alcançou uma imensa comunidade em todo o mundo. Em 2022, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estimava que apenas no Brasil havia aproximadamente 42 milhões de pessoas com a doença capilar, com um crescimento considerável entre jovens de 20 a 25 anos de idade. Já um levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS), realizado no mesmo ano, aponta que as mulheres já correspondem a 40% dos pacientes em todo o mundo.
“De fato, hoje vemos um número cada vez maior de mulheres e de jovens que recorrem à clínica à procura do transplante capilar. São grupos antes considerados improváveis, mas que atualmente tornaram-se bastante comuns”, revela médica e especialista em cirurgia de transplante capilar Melina Oliveira, cuja clínica está localizada em Vila Velha (ES), e é uma das mais requisitadas de toda a Grande Vitória.
De acordo com Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS), houve um aumento de 152% no número de transplantes capilares realizados em todo o mundo entre 2010 e 2021. Até 2032, mostra um relatório da Global Market Insights, o crescimento médio anual deve ser acima de 21%. Melina Oliveira admite que essa projeção vem se refletindo fielmente na sua clínica.
“Há um número cada vez mais elevado de mulheres que nos procuram, embora, evidentemente, ainda haja um predomínio absoluto de homens. Mas, de modo geral, é possível afirmar que são pessoas que querem não apenas o transplante em si, mas principalmente os efeitos psicológicos do tratamento. O desejo, no fundo, é por uma melhora na autoestima”, revela a médica especializada em transplante capilar.
Resultados explicam procura
Melina Oliveira atribui a alta procura pelos transplantes não apenas ao desejo de dar fim à calvície, mas aos resultados que os métodos de hoje proporcionam. Ela utiliza predominantemente o método FUE [extração de unidade folicular, na sigla inglesa], técnica que promove a remoção de fio a fio de uma área doadora para a região com alopecia. O procedimento é considerado altamente moderno em todo o mundo, e na clínica também tem a aprovação maciça dos pacientes.
“Inegavelmente, os resultados de hoje são mais assertivos através da técnica FUE”, afirma. “Na prática, os indivíduos que passam pelo procedimento sentem um resultado mais natural, capaz de lhes proporcionar uma sensação de rejuvenescimento. Esses efeitos também são traduzidos numa redução dos estigmas sociais, aumento da confiança nas relações interpessoais, autoaceitação e transformações muitas vezes profundas na saúde mental”, descreve Melina Oliveira.